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domingo, 27 de dezembro de 2020

REFLEXÃO DO PRÓPRIO TEMPO


 

E o fim se aproxima, finalmente, está terminando.

Cheguei tão esperançoso! O bom irmão me entregou os sacos vazios, lembro que quando nos encontramos um destes sacos estava tão pesado que ele andava encurvado, mas cumprira sua missão! O saco dos sentimentos positivos, que geravam alegrias, emoções que eram bálsamos para as almas, estava repleto, mesmo assim era tão leve. Já o outro era tão pesado, ele continha os sentimentos negativos e as dores, os prantos, o desespero que tais sentimentos geraram. Havia um terceiro, mas não estava tão cheio. Eram as dores passageiras, geradas por acontecimentos que independem da vontade humana, mas que passam, o Tempo sempre auxilia e passam, por isto o saco não estava tão cheio, as dores conforme passavam também sumiam do saco. 

Depois de me abraçar, o bom velhinho jogou, em um redemoinho que se abriu, os tais sacos, ficavam nas dobras do tempo e automaticamente do mesmo redemoinho surgiu três sacos vazios, que a mim o bom velho entregou. Assim que fez isso como num passe de mágica ele remoçou, feliz retornava agora a sua essência. E eu segui esperançoso, mas sabia que viria tempos difíceis, porque sentia um ar pesado mesmo que naquele instante a humanidade comemorasse meu nascimento.

Com fé, segui meu caminhar, meu mistério fazia eu sentir as alegrias e as dores do mundo todo, mas as alegrias sempre faziam com que eu esquecesse o peso do saco das dores das maldades humanas. De repente, muito rápido, o saco das dores passageiras começou a lotar, enchia muito rápido, o saco da maldade humana então começou a encher, percebi que o desespero das dores passageiras se tornava revolta e ódio, pois suas dores não existiriam se alguns seres humanos não se tivessem entregado ao egoísmo, ao desejo de lucrarem com a desgraça que se abatia sobre o planeta, muitos não para enriquecer, mas para satisfazer seus egos e suas vaidades.

Eu precisava continuar imparcial, apenas estava passando, fazendo o tempo se tornar mais rápido para alguns, ou mais lento para outros, entendam não sou eu que decido isso, é a Lei Divina comandada pela Justiça Divina. Eu sou apenas uma fração do grande mistério Tempo.

Mas agora está terminando, o saco das alegrias geradas por sentimentos positivos cada vez menos emanavam alívio suficiente para mim, tamanha era a egrégora formada pela dor, pelo medo, pela revolta. Respiro fundo, penso, é um aprendizado, depende de vocês eu poder acelerar o tempo.

Cabisbaixo já me acostumei aos xingos, esquecem que o tempo é Divino, então me xingam, bem sei que por ninguém serei lembrado por alguma alegria que obtiveram, pois a alegria foi nublada pela dor. Inumeráveis são os gritos de fome, incontáveis aqueles que ficaram sem ter como ganhar seu pão, outros tantos ficaram sem teto, mas o número de quem perdeu algum ser amado supera a todos os outros.

Vou-me embora ciente que cumpri o meu papel, mas choro porque eu jamais serei esquecido, todos me lembrarão como o ano que a desgraça se abateu sobre o planeta, o ano que muitas vidas se perderam, que muitas máscaras caíram, o ano que muitos seres humanos se afundaram em dívidas para com o seu próximo, o ano que um grande ensinamento chegou para a Humanidade, mas tão poucos aproveitaram.

O ano, que os seres humanos para não enxergarem os seus próprios erros, passaram a culpar e então realmente ficarão muito felizes quando eu me for. Mas virar o calendário irá fazer o mal que está dentro de vocês mesmos se extinguir?

Que meu sucessor fique conhecido como o ano da libertação! E eu para vocês serei passado, que nas dobras do Tempo estarei registrado.

 

Luconi

27-12-2020 

Do âmago do meu ser imortal, desejo que todos tenham muito amor, muita paz, muita fé e que o PAI ETERNO possa finalmente acelerar o tempo e todo esse mal que sobre nós se abateu tenha fim. E que ressurja uma humanidade mais humana, mais consciente dos seus deveres para com seus irmãos. 

Só dessa forma teremos um FELIZ ANO NOVO!

segunda-feira, 31 de dezembro de 2018

SENHORA DO TEMPO O ANCIÃO E O JOVEM

Cabisbaixo no alto de uma pedreira,onde o as ondas do mar ali aos pés da pedreira arrebentavam, o ancião de barbas brancas e cabelos longos brancos parecia estar ausente em seus pensamentos.

Mas era apenas a impressão que dava, não podia jamais se ausentar de suas funções,eram muitas.

Um jovem despreocupado com barba rala e cabelos longos e pretos se acercava dele e o observava, comentando sem que parecesse que o ancião tivesse notado sua presença.

- Uma vida bem curta, apenas um ano, mas parece que viveu cem anos.
- Não meu jovem, não foram só cem anos, a Terra está com sete bilhões e seiscentos milhões mais ou menos, multiplique um ano por cada ser humano existente, isso sem contar todos os outros seres vivos do planeta.
- Como assim?
- Ora eu tenho nas telas do tempo cada segundo vivido de cada um deles, tristezas, alegrias, injustiças, dores, cada transgressão da Lei Maior e claro cada acerto desta mesma Lei cujo número não seria pequeno, mas as transgressões com suas consequências superam e muito o número dos acertos.
- Você sente tudo?
- Sim e não, porque neste instante alguém morre e outro nasce, alguém chora e outro ri, algo maravilhoso acontece a um ser vivente e no mesmo instante outro sente a desgraça na alma. Já faz parte de nosso mistério aceitar as ocorrências sabendo que tudo é aprendizado dolorido ou não, o algoz de ontem é a vítima de hoje, o semeador do bem faz a boa obra e sua tela do tempo reluz, mas apenas cumpre a Lei Maior. O que semeia o mal, está em estágio inferior precisa aprender e sabemos que ele aprenderá no tempo certo dele, suas vítimas não são suas vítimas à toa, se hoje engatinham na evolução, no passado foram semeadores do mal.- O ancião faz uma pausa.
- Bem meu jovem, será necessário alguns inícios de anos terrenos para este ciclo terminar na terra.
- Mas terminará, não?
- Claro que sim, talvez nem todos humanos estejam aqui, muitos retardatários irão continuar seu aprendizado em outro planeta, mas a Terra deverá seguir sua evolução própria e não mais será um planeta que os seres devem aprender no sofrimento, mas sim na alegria.
- Logo você se vai, retorna para se integrar ao todo do Tempo,de lá verá esta transformação e as telas gravadas serão então utilizadas para se separar o joio do trigo, quem já deve ficar paralisado e encaminhado ao outro planeta e quem merece continuar a ter chances por aqui.
- Isso mesmo meu jovem, você sabe tanto quanto eu esta parte, só não tem ainda a experiência de ter que registrar na tela de cada ser vivente os seus segundos de vida durante todo o ano que se iniciará.
- Sim, todos temos que aprender para evoluir e como ser do Tempo preciso disso para continuar minha caminhada.
- Já é hora, jovem.
- Saúdo a Senhora do Tempo, Senhora dos meus desígnios, que só ao Criador e abaixo dele a ela eu sirvo e você também jovem.

O ancião levanta os braços em direção ao infinito e raios de luzes o atingem e ele então vai se transformando e já não é um ancião, no seu rosto um largo sorriso e de repente aquela luz o envolve e não é mais visto.
O jovem tem lágrimas nos olhos, diante de seus olhos viu o seu irmão ascender, então olhando para o infinito azul, ajoelha-se e da Graças a Deus por ter permitido esta oportunidade de aprendizado e em seguida ergue os braços e diz:

- Minha Senhora do Tempo, mãe querida, estou pronto para iniciar, que eu seja digno de ser um filho do Tempo.
 
Raios de luz o envolve, ele sente a energia da Senhora do Tempo, ela estará a seu lado, olha para o mundo e sorri, os humanos já comemoram o seu nascimento.

Luconi
31-12-2018

UM ANO NOVO REPLETO DE BENÇÃOS A TODOS, COM MUITA PAZ, AMOR, SAÚDE, QUE O CRIADOR ESTEJA COM TODOS NÓS.

sábado, 30 de dezembro de 2017

O VELHO ANO E AS SACOLAS PARA O TEMPO





Já está quase na reta final, sabia que mais de um ano de vida terrena não teria, um ano que valeria por muitas vidas, pois vivenciado foi por todos seres viventes. Chega dez minutos antes, ao longe vê o jovem ano chegando, é cumprimentado com reverência, afinal o jovem de um ano atrás é o ancião de hoje e cumpriu sua trajetória.

Abraçam-se, as lágrimas dos dois se misturam, o ancião sabe o que espera o jovem, o jovem emociona-se pela vitória do ancião.

Ambos em frente da fonte da vida, o sagrado Oceano, ergue suas mãos em direção ao infinito e faz sua prece. Então do fundo de seu eu, três sacolas surgem e o jovem ano indaga: _ O que são as sacolas?
_ Ah! Você também as tem, só que as suas estão vazias. Explico:
A primeira é a que guarda as boas ações de cada ser humano, está lotada, mas é leve.
A segunda, já pesada, guarda as más ações cometidas pelos seres humanos de forma inconsciente, pois eles não sabiam o mal que faziam, as mágoas que geraram, as evoluções que paralisaram.
A terceira bem mais pesada é as ações originárias da maldade humana, daqueles que desejaram realmente o mal de seu próximo conscientes do mal que faziam, praticaram-no apenas por vingança, por inveja, por egoísmo, ou pensando em si mesmo, no poder que iriam ganhar, no seu  enriquecimento pessoal. - Ele respira fundo e continua:
- Agora meu filho, como sabe nós viemos do Tempo, através de mim, graças a Mãe da Vida, gerou-se um novo ciclo. Portanto, eu envio ao Tempo Divino as três sacolas. A primeira será recebida e os créditos de cada boa ação contabilizada para quem a praticou. A segunda, O Tempo, dentro da Misericórdia Divina, irá proporcionar ações para que o ser humano inconsciente do mal que fez, tenha sua consciência despertada e assim alcance o arrependimento, tendo chances de evolução mais rapidamente. Agora a terceira sacola, o Tempo dentro das Leis Divinas, irá no tempo certo proporcionar a estes seres a paralisação para que decantem sua negatividade, podendo ou não neste processo se arrependerem e se voltarem para a Luz, mas este é um processo demorado e dolorido, às vezes passa séculos ou milênio, tudo depende de cada um.- Finaliza o ancião.
_ Sim, concordo, estes últimos serão julgados imediatamente, pois são arraigados ao mal. Os segundos terão novas oportunidades antes do julgamento, porque carregam já o Amor dentro de si mesmos, ganhando consciência através de atos de amor, poderão acertar seus débitos. Mas e os primeiros? - Conclui e indaga o jovem.
_ Ora meu jovem, os primeiros com certeza eram os segundos em vidas anteriores e nesta já conscientes acertam seus débitos e o Tempo levará a sacola deles a Lei Divina que a levará a Justiça Divina para que suas penas sejam quitadas.
_ Como Deus é sábio!
_ Sim, Ele ama incondicionalmente a todos. Agora estou cansado. - Dizendo isso o velho ano espalmou a mão para o infinito e uma espiral apareceu e ele colocou ali cada sacola que foi desaparecendo. Em seguida, espalmou a mão para o mar e uma luz intensa o envolveu, gerando-lhe nova vida. Ao término sua aparência era bela, um ancião que transmitia a fé, o amor a paz.
Então abraçou o jovem ano e a espiral apareceu e ele através dela ascendeu.
O jovem ano o olhava extasiado, mas logo uma voz que vinha do mar, disse-lhe:
_ Vá filho do tempo, estou gerando nova vida a todos seres viventes, a todo planeta. Você vai, leva a bagagem que o Tempo Divino te deu para cada ser e a espalhe como uma espiral girando, depois siga cumprindo sua trajetória.
A voz se calou e ele girando muito rapidamente no sentido do relógio, espalhava aquele pó prateado invisível aos olhos humanos. Quando terminou o relógio do tempo, marcava 00:01 , o novo ano iniciará.

Luconi
30-12-2017






Feliz entrada de ano, que as bençãos do Senhor estejam presentes em todo momento de nossas vidas e que nós saibamos reconhecer.

Feliz 2018

domingo, 11 de junho de 2017

PEDAÇOS DE MIM






Olhava a noite, a brisa fria batia em seu rosto, mas ela estava encafifada com uma pergunta que alguém lhe fizera, alguém lhe pedira para falar da mulher Celeste, ela desconversou, arranjou uma desculpa e foi para casa.
Aquela pergunta a deixara com um ponto de interrogação e ali olhando a noite a sua mente tentou respondê-la.
No entanto não encontrava uma resposta precisa, falar o que da mulher Celeste, da mulher que era?

Não sabia o que falar?

Passou por sua mente a sua vida nos últimos anos, alguns realmente diziam que ela não vivia, que não tinha uma vida dela. Será que não?
Quando trabalhava era uma excelente funcionária, vestia a camisa da empresa, atendia os clientes com toda atenção, não procurava apenas o interesse da empresa, mas sim, procurava associar o bem estar dos clientes aos interesses da empresa, era boa nisso, nunca enganara ninguém.
Depois da aposentadoria, ficara em casa, mas da casa sempre cuidara, dos filhos, do marido, e depois que ele falecera, passou a dedicar-se à família.

Vieram os netos e ela ajudava no que podia, morava com a filha mais nova, ou a filha mais nova morava com ela e o seu filhinho.
Cuidava dele para ela trabalhar e estudar, ficava com ele quando ela saía a noite, era fácil ela já o deixava dormindo.

Isto ocupava todo seu tempo, mal tinha tempo para pequenos lazeres, a noite depois que o pequeno dormia, ela aproveitava para ler, para acessar a internet, às vezes conseguia fazer algum trabalho de crochê ou conectar-se com a sua fé. Já assumir compromissos fora do lar era difícil, os horários da filha eram incertos, até tentara frequentar sua fé, mas a filha não lembrava do dia combinado e raramente chegava no horário, então ela faltava e não era de seu feitio assumir compromisso e falhar, então desistira, teria que aguardar, aguardar o que não sabia.

Vida social não existia, devido a sua reclusão não tinha amigos, os que tinha eram distantes, sair de casa não mais gostava, antes saía com o marido, tudo fazia com  ele, a seu lado sempre estava, mas depois de sua partida, realmente perdera o gosto, nunca fora de sair muito, mas com ele até uma ida ao mercado era um passeio.

E agora essa pergunta? Como é a mulher Celeste? Ora bolas, não é. Não existe só a mulher, aliás ela pouco tem voz, existe sim a mãe, a avó, a dona de casa, a irmã, a tia,  a amiga, a mulher de fé, fé essa que nunca perdeu por pior que fossem os vendavais.

No passado, antes de conhecer o marido, já tinha a sua fé e a praticava, mas também, gostava de sair, de ouvir um samba, de estar com uma amiga para jogar conversa fora, mas sempre colocando a mãe em primeiro lugar, pois já tinha dois filhos.  E jamais os deixava quando estavam em casa, mas quando iam pra casa do pai, aproveitava para fazer as coisas que gostava.

Bem essa era ela, o que fora e o que é agora, se ver unicamente como mulher nunca acontecera. Não a pergunta  estava errada, a mulher Celeste era a soma de todas as Celestes que nela havia.

Sorriu, era feliz assim, consigo trazia em seu interior muita paz, certeza de estar tentando fazer o melhor para os que amava e para aqueles que seu caminho cruzasse, esta era  ela a Celeste, a soma de tudo, cada parte sua formando um único eu,
não sentia falta de nada, talvez de alguém que nesta Terra já não se encontrava.

Olhou a noite, deixou-se envolver pela sua energia, suspirou fundo sentindo que alguém com ela também suspirava, então sentiu-se completa.



Luconi
10-06-17




sexta-feira, 1 de janeiro de 2016

FINALIZAÇÃO DE UM PERÍODO 2016


No limiar da linha do horizonte o jovem reluzente vem e desta vez não traz alforjes para atrair e guardar os infortúnios nem as contradições da humanidade, pelo contrário,
traz alforjes repletos de sementes, sementes que espalhará sobre o planeta.

A Terra pulsa, deste o solo até o ser vivo mais evoluído o Homem.

Ele espalhará as sementes conforme o plantio de cada um, é tempo de colher os frutos das sementes que cada um plantou.

O velho ano expira, sabe que seguirá para a linha do horizonte e a terra não mais verá, sabe que fez o melhor, mas que o melhor não foi o suficiente para o Homem, o resto do planeta o via, o sentia, mas sabia que cabia a humanidade os atos que tornariam aquele ano melhor para o planeta em si.

O que o planeta em si sabia, mas a humanidade desatenta não, é que estava findando uma era, que o jovem ano 2016 que chegava  não mais acumularia em si desgraças, injustiças, desamor, pelo contrário, ele traria a finalização de um período, o período do plantio terminava e ele preparará o terreno para que o próximo ano o 2017 iniciar um novo período.

O jovem abraça com imenso carinho aquele velhinho bondoso, ambos trazem uma emoção imensa, o velhinho sabe o que a grande maioria plantou, o jovem também, no abraço sentiu todas as dores do tempo de 2015, entendeu porque tinha em seus alforjes tantas sementes de solidão, de dor, de percas, tudo para sacudir o Homem, claro que também trazia alforjes repletos de fé, esperança e amor muito amor, pois sem  o amor a fé nada valia e a esperança se desvanecia.

Claro que nem toda humanidade merecia as tristes sementes, mas exatamente esta parcela pequena da humanidade é que passariam por grande prova, manter a fé, o amor, sem julgar, seriam certamente atingidos uns mais outros menos pela situação do restante da humanidade, mas só eles, estes Homens que apesar das doenças de suas almas conseguiram se manter dentro da dignidade dos verdadeiros valores, é que conseguirão fazer germinar as sementes de amor e fé que o jovem ano espalhará na Humanidade doente, só eles se se mantiverem dentro dos verdadeiros valores poderão conseguir que o ano de 2017 se inicie com uma humanidade melhor, menos doente.

Bem o último segundo chega, o velho 2015 entrará na espiral do tempo e de lá assistirá a atuação de  2016, antes ajoelha-se e pede ao Criador piedade e misericórdia para a humanidade, que aqueles que já se iniciaram no bom caminho não tenham recaídas, e que todos sintam a presença de Jesus os incentivando para o caminho da Luz e que finalmente todos entendam que o PAI MAIOR só quer que todos se amem incondicionalmente, que nenhum problema é dos outros, todos são nossos porque todos somos um só no Pai.

Num último olhar repleto de esperança segue para a espiral do tempo e 2016 olha aquela humanidade com amor e lágrimas escorrem, ainda são crianças e não têm noção do que fazem, mas é chegado o inicio do final de um período, é a última chance para crescer.


Luconi
01-01-2016

terça-feira, 10 de junho de 2014

UM MENINO COMANDANTE



Vou lhes contar uma história, por decerto verdadeira, pois dela não só sou testemunha como também a vivenciei.

Um dia um menino que ainda não tinha dezoito anos vividos,
deparou-se com um sentimento que maior que ele era, para ele até então desconhecido, mas que lhe explodia no peito exigindo que o vivesse.

Não meus amigos, não era o amor corriqueiro, era a Fé no Pai Maior que o enchia de amor, muito triste sempre ficava com o comércio da fé e dentro da sua religião iria combatê-la, não estudou a religião, não se aprofundou nos preceitos, apenas seguia a Lei Universal do Amor.

Desta forma bravo menino, muito trabalho arrumou, pois em seu caminho sempre aparecia alguém que dele necessitasse.

Jamais se olvidou, logo vários soldados a este comandante menino se ajuntaram mais soldados mais trabalho, então viu a necessidade de dia e lugar certo para todos atender.

Assim o menino fez, e com seus soldados, usando como escudo a fé e como arma a espada do amor, dedicou-se ao trabalho da caridade.

Com ele a comandar, seus soldados se tornavam, na luta contra o mal, incansáveis, e quando mais lutas travavam mais aprendizado obtinham.

Nunca perdiam uma batalha, pois as lições tinham aprendido, fé amor e caridade, orgulho jogado fora, humildade ganhando espaço.

Quinze anos se passaram, eram unidos como nunca, mas tinham uma grande falha, consideravam que o menino de ajuda não precisava, esqueciam que ele era como eles, almas em evolução.

Numa época, muita coisa ocorreu primeiro a perca da mãezinha, depois a irmã que repentinamente se foi, e finalmente outra írmã desaparecera, abandonando toda a família inclusive os filhos.

A dor e a revolta tomam conta do menino, o escudo enfraquece, o inimigo sempre a espreita, vê a oportunidade, para o por em perdição.

Seus soldados não se deram conta do que lhe ia à alma,
bem tarde perceberam, quando a revolta de vez o fez se afastar de todos.

Culpavam-se em vão, tentaram continuar, abriram guerra ao inimigo, mas sem ele não tinham a confiança, precisavam amadurecer na fé.

Pois eu lhe digo amigos, não teve um da fileira que não ficou em pedaços, durante anos experimentaram o chicote do inimigo.

As portas foram se fechando, conheceram a pobreza, alguns perderam até o teto, cada um foi levado para um canto, bem distante do outro, a luta seria de cada um, um ao outro não ajudaria.


Passaram-se uns dez anos, como de um naufrágio, aos poucos foram surgindo, reencontrando-se, tinham uma coisa em comum, jamais haviam deixado de dar Graças a Deus em cada momento difícil, jamais haviam se revoltado, sempre tendo a certeza que o Pai os amparava, dentro do pequeno mundo a que foram restringidos todos procuravam seguir a Lei Maior.

O mais importante é que no longo dos anos haviam sabido reconhecer os erros que haviam cometido e todos tinham em comum esses erros, aprenderam, sobreviveram, já não eram jovens, mas saíram vitoriosos e ainda agradecem o inimigo, pois ao querer que se perdessem eles tornaram-se fortes em sua fé.

Separados pelas distâncias, unidos pelo mesmo ideal, recomeçaram a mesma luta, o bem contra o mal, tinham uma meta a mais, buscar aquele menino, que já não era tão jovem, apesar de bem mais jovem que eles, mostrar a ele que o alicerce para vencerem as suas provas, fora ele quem dera, ele ainda se mantinha afastado de tudo e de todos.


Encontraram-no, mas ele ainda travava lutas homéricas para poder se manter, tudo o puxava para baixo, mas ele com coragem e muita humildade, trazendo um amor imenso no coração, conseguia a duras penas se manter de pé.

Todos juntos, mesmo distantes de morada, puseram-se a vibrar, a pedir, pelo grande menino.

Ainda demorou um bom tempo para a vida dele começar se normalizar, teve que enfrentar sérias provações, sentiu o punhal da traição em suas costas, sentiu o desamor e a mentira ferir suas entranhas, suas provas foram bem maiores que a dos seus soldados, somente aos poucos, nos últimos dois anos a sua vida começou a ir pra frente sem retornar para trás, o seu chão não mais ruiu e ele com simplicidade conseguiu estabilizar sua vida.

Sua fé ainda está lá, nada a modificou, seu amor pelo próximo é imenso, o inimigo que encontrou no caminho e foi a razão de tantos malefícios perdoou, apenas mantem distancia, como uma auto defesa, afinal foram dezessete anos de luta sem trégua, hoje ele pode olhar para a frente e vislumbrar um futuro melhor.

Guerreiro de Cristo anônimo na Terra, seus soldados agradecem ao Pai por tê-lo colocado em seus caminhos, sem você eles não seriam e eu disso sou prova viva, pois fui e sou um de seus soldados, obrigada grande menino,

Luconi

10-06-2014



sábado, 22 de março de 2014

CAMINHO SEM VOLTA



O vazio tomou conta de seu ser, suspirou aliviado, agora não mais teria que lutar, estava terminado,
sentia as lágrimas rolarem, mas não chorava de tristeza, estava cansado deste caminho sem volta, por onde só a dor semeara, primeiro o desespero dos pais, depois o seu ao se ver dependente, afastado dos amigos de infância, a namorada que perdera, os novos amigos que não eram amigos, que lhe viraram as costas, assim que a grana terminara, as dívidas que se acumulavam, os primeiros roubos, depois os assaltos, jamais ferira alguém, a briga que travava consigo mesmo, tentava sair, mas não conseguia, saiu de casa para proteger a família, a policia o
prenderia, os novos amigos poderiam matá-lo, eles não perdoavam, não tinha má índole, a situação obrigava, estava farto, teria que tomar atitude, falou com seu grande credor, não mais se drogaria, se entregaria, era réu primário, pediria ajuda, cumpriria a pena, sua família o receberia de volta,
seria difícil, mas retornaria à vida, para a dívida a família
prometera ajuda,  mas primeiro precisaria ficar limpo, não terminou de falar, no rosto do credor um sorriso de escárnio, só  o ouviu dizer, você se tornará dedo duro, não ouviu mais nada, apenas sentiu a dor no peito, uma queimação por dentro, sua vida passando como um filme, era o fim, era o vazio, em pensamento começou a rezar, de repente o alivio, sentia que Deus lhe daria outra chance, quando o encontraram, seu rosto estampava um sorriso.


Luconi
22-03-2014

Um conto, baseado em fatos reais da época que eu morava em
São Paulo, na época marcou a todos, pois o rapaz foi encontrado na nossa rua, a sua família morava ali perto, ele havia se acertado com os pais e ido cumprir o prometido a eles, tenho certeza que foi recebido pelos enviados do Mestre.


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

SOBREVIVENTES E VITORIOSOS




Caminhavam juntos, mãos dadas, longo parecia o caminho, mas agora já não sentiam o cansaço, apenas aceitavam os acidentes do caminho, aliás estes pareciam já fazer parte do caminho, sem eles não teria graça.

Quanta coisa venceram, quantos preconceitos, quantas perseguições, quanto abandono, nem tinham notado o tempo que passara, que a vida havia se esvaído, com o tempo a necessidade de lutar pela sobrevivência, pelo pão de cada dia que, andavam devagar de repente começaram a correr, querendo sentir o vento forte bater em seus rostos, limpando todas as lembranças ruins, riam e parando de repente um na frente do outro trocaram um longo beijo, que importa o estado que haviam ficado, ou a falta de maiores recursos, o que importava é que estavam juntos e que mesmo que machucados o amor deles sobrevivera, de tal forma, que se modificara, agora era mais puro, um buscava a felicidade do outro sem se importar com a sua, um se tornara protetor do outro, irmãos, amantes, companheiros de caminho.
Então começaram a rir, tanto mal quiseram lhes fazer, mas no final, apenas fizeram com que eles fortalecessem a fé e  descobrissem o verdadeiro valor do sentimento, o verdadeiro amor.

E então continuaram o caminho, leve, tranquilo, calmo, e como crianças viam em tudo beleza, graça e harmonia, encontraram a presença Divina  e nada mais importava, Deus os abençoara.


Luconi
16-02-2014 

Dedico este conto para um casal que muito admiro : 
EVANIR E DARLI GARCIA
PARABÉNS VOCÊS SÃO LINDOS




sábado, 28 de dezembro de 2013

MISSÃO TERMINADA




Lá vem ele, em sua estrada que não parecia tão longa, no entanto, mais caminhava mais parecia que o caminho se alongava, sabia que estava chegando ao final, mas a cada metro que avançava parecia que ficava mais lento, devia ser o peso, estava já tão pesado, tão cansado, pudera não era fácil ser tão impassível.

Sim, impassível, ao mesmo tempo que assistia quadros de alegria, assistia os de tristeza, aconteciam ao mesmo tempo, o tempo todo.

Ninguém entendia, no entanto ele sabia, que as alegrias eram o conforto de alma que o Pai enviava para restaurar forças, para poderem enfrentar os tempos de tristeza. Já os de tristeza, eram o aprendizado necessário para a alma se reformar e através desta reforma lenta alcançar finalmente o grau onde o amor a invadirá de tal forma que praticar o bem será um ato natural e espontâneo, tornando-se então merecedora de galgar degraus que a levará para os mundos mais evoluídos, onde o aprendizado é realizado de forma alegre, não existindo ali tristeza, provas ou expiações. 

Portanto, insensível não era, apenas entendia que o remédio amargo era o que traria a felicidade em bases tão sólidas, que jamais a alma a perderia, então os momentos tristes seriam benditos, o caminho para o verdadeiro tesouro, o único que levamos para as outras vidas. 

Bem, agora já estava chegando, como no ano anterior entregaria a missão para o próximo, ele iria descansar do peso que carregava, cada qual com a sua missão.

Finalmente, chegou, olhou para o seu sucessor e o abraçou, ele sorria, sabia que a missão era difícil, mas, como ele, estava preparado, entraria no tempo novo que o Tempo a ele tinha dado e este tempo distribuiria por igual a toda humanidade, cada um o aproveitaria como bem o quisesse, segundo o livre arbítrio de cada um.

E ele passaria impassível, cumprindo o seu dever, em sua essência agora leve, acumularia o peso do choque das emoções, não teria direito de expressá-las, deveria apenas passar e deixar cada um viver o seu tempo. 

O ancião abraça o jovem, vai se retirando de cena e aos poucos o peso vai sumindo e a juventude retorna, o jovem vai entrando, festejado por todos, mas logo começa a sentir o choque das emoções desencontradas, balança a cabeça, olha os céus e sorri, sua fé é enorme, sabe apenas uma coisa confia, porque o amanhã é sempre uma certeza.

Luconi
28-12-2013

quinta-feira, 25 de julho de 2013

ACREDITE SE QUISER





Acreditem se quiser, porque se não tivesse visto pessoalmente,
não sei se acreditaria.

Logo que saiu às famosas bolachas trakinas, comprei-as para o lanche.

Era época de férias e meu netinho estava em minha casa, chamei então minha raspinha que estava com sete anos juntamente com meu neto que contava então com quatro anos e após preparar o leite servi as bolachas.

Fizeram a maior festa, não paravam de falar:- É a da televisão.

Fui cuidar de afazeres, e passando novamente pela cozinha, ouvi quando o meu netinho dizia:

- Camila tua cara não virou bolacha, então é mentira.

Para meu espanto Camila respondeu:

- Seu burro, pensa que é assim, na televisão é rápido, mas de verdade demora um pouquinho, você vai ver, já, já acontece.

Espantada perguntei: - Vocês acham que vão virar bolacha?

Camila respondeu: Ê mãe, você não assisti televisão não? Lá eles ensinam.


Luconi
18-07-2013 

domingo, 20 de janeiro de 2013

VÊ-LA FELIZ SOMENTE




O Portuga lá da banca de jornal da estação, é uma pessoa cativante, faz amizades facilmente e ainda por cima é confidente de muitos. Um dia, o portuga resolveu tirar férias, aproveitando a vinda de um sobrinho lá das terrinhas, treinou o rapaz e resolveu ir para perto do mar. Acabou pelas bandas do tal Guarujá, que tanto ouvia falar, lá na estação de Sorocaba, terra bendita que tão bem o recebeu.

Estava há poucos dias na cidade, aproveitando aquele marzão quando o acaso se apresentou, ao pegar o carro para voltar para a pousada que se hospedara, o carro não saiu do lugar, simplesmente resolveu que não ia andar e deixou o portuga na mão.

Não lhe foi difícil encontrar um mecânico, sua fala fácil fez com que rapidamente trava-se com aquele bom homem certa amizade. Acabou que enquanto esperava o concerto aparece a esposa do mecânico, preocupada com o marido que se demorava a chegar para o jantar.

Portuga preocupou-se agora é que ela ia fazer o homem deixar o resto do trabalho para amanhã, mas quem sabe um dedo de prosa e ela se esqueceria da hora. 

Conversa vai e conversa vem, ele comentou que era de Sorocaba e que trabalhava na estação. Então a jovem senhora pôs-se a falar sobre alguém que conhecera há muito tempo, que havia posto moradia em Sorocaba, era ele engenheiro, mas ali estudara advocacia, pois este era seu sonho.

O Portuga interessou-se, conhecia alguém assim, perguntou sobre a infância da senhora, que começou a lhe falar sobre a infância difícil, um pai enérgico com uma educação debaixo do reio, sua fuga era os livros de belas histórias, repletos de príncipes e lindas donzelas.

 Portuga boquiaberto, não acreditava no que ouvia, não seria possível, tanta coincidência e não se aguentando abriu a boca.

- Maria, tu és a Maria do meu amigo Mario?

Ela começou a gaguejar, finalmente perguntou se ele conhecia o Mario.

-Maria claro que conheço, o pobre ainda vai todo entardecer na estação, senta sempre no mesmo banco e aguarda o trem na esperança que tu chegará de braços abertos. Mas tu estás muito bem, encontraste teu grande amor, vê-se pelo brilho dos olhos de ambos que são felizes.

Ela ficou rubra, o marido não sabia se intervinha ou não, conhecia a história, só não sabia que o tal Mario ainda vivia na esperança de tê-la.

-Maria, você se esqueceu daquele trem, quando outro passou na sua estação, outro que era de verdade e não fruto de seus livros com contos encantados. Você viu em Mario o príncipe de seus livros, livros reais, mas com histórias irreais tudo de faz de conta. Viveu o amor das histórias que lia e quando ele quis que você fosse com ele, você não conseguiu, porque seu amor era de conto de fadas, era uma ilusão que não se tornaria realidade.

Maria já estava com lágrimas nos olhos, o Portuga deu-se conta de quanto estava sendo cruel, ela não havia se dado conta que tudo que vivera, da parte dela, era só uma história de seus livros que queria encenar, um sentimento que criou para fugir da sua triste e dura rotina.

-Ah Maria, Mario não seguiu sua vida, nem se deu a oportunidade de tentar.

O marido, que estava bastante sério, abraçou-a.
- Ela não tinha consciência do estrago que fez na vida dele. Mas agora você pode corrigir, conte a ele que a encontrou, se ele quiser pode vir vê-la, constatar com seus próprios olhos, afinal nunca é tarde para iniciar uma nova vida.

Quando voltei esperei o entardecer para falar com José, queria conversar com ele ali, naquela estação, naquele banco seu companheiro de anos.
Não foi fácil, mas de repente depois de uma pausa mais longa, com seus olhos cheios de lágrimas, ele sorriu.

- Meu amigo Portuga, depois de tantos anos sinto-me leve, ela está feliz, agora posso por o ponto final e guardar este livro que jamais será esquecido, no baú de recordações.
Levantou-se do banco, sorrindo disse:

-Vamos meu amigo, tenho pressa, hoje inicio um novo livro.


Luconi
31-07-2012

Este conto foi inspirado na vida real, vida esta contada num dos mais belos livros que li ultimamente, A VIAGEM DE EVANIR GARCIA, vale muito a pena ler, rir, chorar e se inspirar como eu. 
Para adquirir é só escrever para 
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