Nem sempre foi assim,
juntos sentávamos,
no banco ou na mureta da praia,
depois de mãos dadas caminhávamos,
nada precisava ser dito.
Nem sempre foi assim,
agora ali ficava,
o passado relembrando,
dias onde gente não faltava,
principalmente na hora da janta.
Todos em volta da mesa,
eu sentado numa ponta,
minha amada na outra,
comíamos e conversávamos,
era a melhor hora do dia.
Mal eu sabia que tudo terminaria,
com o tempo todas se casaram,
mas aos domingos sempre vinham,
eu organizava jogos para os genros,
as meninas com a mãe se entretinham.
Os netinhos brincavam,
e a vida tinha vida,
até que minha amada se foi,
eu fui envelhecendo,
os netos crescendo.
Já não vêm aos domingos,
à noitinha passam,
alegria trazendo,
por algumas horas conversamos,
ah como eu os amo!
Eles eu sei muito me amam,
mas têm que travar a luta da vida,
como um dia eu travei,
agora é hora de meu último aprendizado,
aprender a viver comigo mesmo.
Luconi
11-02-18
Linda e triste poesia, mas bem real! Temos mesmo que saber viver e ser feliz estando conosco mesmo...beijos,chica e tudo de bom,chica
ResponderExcluirLindo, triste, reflexivo . Duro é a solidão, a saudade, está afastado de quem a gente ama pelas circunstancias da vida. Fique bem, bjs e lá no blog tenho uma mensagem pra vc em poesia e vídeo com canção pela Alice
ResponderExcluirOlá Luconi, um retrato fiel e comovente da final de todas as vidas. Triste mesmo!
ResponderExcluirTenha uma linda semana.
Bjss!
A vida nos ensina e até nos prepara para o seguimento desta.
ResponderExcluirUma trajetória que cismamos em não ver e quando se apresenta,
nasce em nós o sentimento de solidão.
Que estes momento sejam leves e estejamos cada vez mais atentos nestes aprendizados e assim evitar as desilusões.
Um bonito trabalho Luconi.
Paz no coração.
Beijo