Lá vem dona
Rabugenta,
vem descendo
a ladeira,
vem toda molambenta,
em seu pé
tem até bicheira.
Quer
distancia de água e sabão,
perto dela
ninguém chega não,
além do mau
cheiro é só reclamação,
apontar defeitos
é sua paixão.
O seu
companheiro não aguentou,
sua família
a largou,
a vizinhança
se distanciou,
ela sozinha
ficou.
Ela diz de
ninguém precisar,
na solidão
acabou de endoidar,
as crianças
está sempre a espantar,
envelheceu sem
nada mudar.
A
vizinhança um dia percebe,
que a porta
não mais se abre,
com dó da
pobre ficaram,
a porta
abaixo puseram.
Na cama de
lençóis sujos,
Dona Rabugenta
encontraram,
do que
morreu ninguém sabe,
mas que
morreu como viveu,
todos com
certeza concordaram.
Luconi
23-02-2013
História de
uma senhora dos tempos que trabalhei num pronto socorro, quando disse que
estava com dó a sua história me contaram, um policial concluiu não tenha dó
morreu da mesma forma que viveu,
continuei com dó, coitada o que será que a levou a ser desta forma, ninguém
soube explicar, mas lá dentro do seu coração, eu sei que ela sabia e sofria.
Coitada da D.Rabugenta... Afastou todo mundo, colheu o que plantou! Conheço uma assim! Pena,né? beijos, linda semana,chica
ResponderExcluirNossa irmãzinha plantou e colheu. Que colha melhor na próxima plantação.
ResponderExcluirEu também tenho dó de pessoas assim
ResponderExcluirSão profundamente infelizes
Um beijinho para tí, Luconi
Linda semana
Com carinho de
Verena e Bichinhos
Pessoas assim tem por dentro um forte ressentimento contra os que são felizes. Bom dia pra você!
ResponderExcluirTípico de uma Dona Rabugenta mesmo... Plantou e colheu...
ResponderExcluirAbraços.
Oi, Luconi!
ResponderExcluirTambém imagino o que ela pensava... Mas sabe que toda cidade tem pessoas que se desapegam das convenções e se tornam figuras folclóricas. Na minha cidade natal, ainda criança lembro do Rabo Verde e do Ximango; duas figuras que não eram moradores de rua - tinham suas casas, pois na rua não dormiam. As pessoas faziam chacota e eles pareciam não se importar, ao contrário, se mostravam até inteligentes e donos de boa prosa. Não sei o que houve com a d. Rabugenta ou se foi por sua escolha o modo que viveu ou morreu, mas eu também fico com dó, pois todos nós precisamos de carinho e atenção.
Boa semana!!
Beijus,
Oi Luconi! Para não ser rabugento é preciso otimismo, a ausência dele adoce alma e corpo. Beijo!
ResponderExcluirA poesia ficou divertida, mas a gente sabe quanto são infelizes essas pessoas! Adorei! bjs,
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