CORDEL OU PROSA AFINAL QUE IMPORTA!

Um dia a menina,

que mantinha-se no ostracismo,

resolveu sem essa e aquela,

tornar-se atrevida.

Menina já não era,

senhora não se sentia,

então porque não atrever-se,

a rabiscar algumas linhas.

Afinal que atrevimento,

misturar-se com talentos,

que falam de sentimentos,

fazendo deles obras-primas.

Agora estava feito,

aos trancos e barrancos,

as linhas iam saindo,

os textos se formando.

Mas que prazer sentia,

ao vê-los postados,

esquecia que para a coruja,

os filhos são obras-primas.

Brincando com a família,

participou de um repente,

ali parecia tão fácil,

a brincadeira das rimas.

Gostava de desafios,

costumava abraçá-los,

sabendo disso desafiaram,

um cordel seu queremos.

Vejam bem meus amigos,

isto é impossível,

vou lhes explicar o porquê,

de mim não vai depender.

Para fazer alguns versos,

rezo um bocadinho,

para fazer alguns contos,

muita reza preciso.

Agora fico a pensar,

para fazer um cordel,

não vai adiantar,

nem poucas nem muitas rezas.

Acho que nem mandinga,

o caso vai resolver,

iria precisar pesquisa,

para contatos fazer.

Descobrir alguns autores,

que além de cordel fazer,

aqui não o façam mais,

por terem partido para o Além.

Torna-se difícil o caso,

quase sem solução,

vou precisar meditar,

para a viagem astral fazer.

Isto leva muito tempo,

pois esta prática não tenho,

teria que encontrar professor,

para projetar-me no astral.

Lá chegando um encontrar,

disponível para me ensinar,

não vai ser de primeira,

nem de segunda ou terceira.

Com tudo isso amigos,

prefiro continuar,

escrevendo versos e contos,

esquecendo o cordel.

Não se decepcionem não,

o desafio está feito,

nesta vida não sei não,

mas na outra o farei.

Quando menos esperarem,

aos que aqui estiverem,

se de susto não morrerem,

o cordel passarei.

Volta ela para seus textos,

que para ela são lindos,

pois expressam a sua alma,

que a deixam toda metida.

LUCONI

25-07-09