Pobre menino perdido,
afunda-se no
colchão sujo,
desejando não
ser notado,
em meio tão
agressivo.
Impossível o
seu desejo,
logo atrai a
atenção,
na falta de
diversão,
o novato é
prato cheio.
Revolta-se de
imediato,
pretende
cantar de galo,
uma boa surra
toma,
o guarda ainda
o culpa.
Pelo jeito é
sua sina,
a culpa dos
outros levar,
só fora olhar o
lugar,
pra uns
trocados ganhar.
Não era
perigoso,
não faria
nenhum mal,
anotaria o
movimento,
entregando
para o tal.
O tal era
vizinho,
sabia da sua
precisão,
o que ganhava
era pouco,
a mãe tinha
que ajudar.
Com uma
magrela sonhava,
de dez marchas
havia de ser,
a mãe risada
dava,
sonhar não
custa nada.
O tal havia
dito,
lhe trazia a
magrela,
se a noite
anotasse,
o movimento da
viela.
Era só o que
queria,
anotava tudo
que via,
quando os
homens chegaram,
a ele enquadraram.
Sua ficha
puxaram,
estava limpa,
tinha carteira
assinada,
disseram que
era laranja.
Tudo por uma
magrela,
o puseram numa
cela,
menor ele era,
sua mãe iam
chamar.
Após a surra,
o retiraram da
cela,
sua mãe
chegando,
o levou para
casa.
Seus olhos
lacrimejantes,
olhavam seus
ferimentos,
que com doçura
cuidava,
a cabeça
balançava.
Sonhos filho
meu,
devem ser
conquistados,
com trabalho e
esforço,
no dia a dia
da vida.
Quando chego
do trabalho,
preparo nossa
comida,
colocando na
mesa,
um sonho eu
realizo.
O sonho que
realizo,
é vê-los em
paz dormindo,
sabendo-os
alimentados,
através de meu
esforço.
O menino então
chorou,
por si e pela
mãe,
que tinha como
sonho,
apenas cuidar
dos filhos.
Então ele
jurou,
a si mesmo e a
mãe,
haveria de ter
nesta vida,
um único sonho
agora.
Trabalhar,
estudar,
na vida
progredir,
para no
futuro,
de sua
mãezinha cuidar.
Luconi
04-12-09