Se pudéssemos ouvir os lamentos de dor, que vêm da alma, ouviríamos a
todo o momento gritos de dor,
que aos poucos se abafam dentro do peito de quem os emite.
Vem em seguida a revolta, que remói e angustia e a nenhum caminho leva,
de repente um dia olha para o lado e vê outro oprimido que lhe parece com dor
maior que a sua.
Então, esquece de si mesmo e a mão amiga estende, pouco pode fazer, mas
apesar de não acreditar para o companheiro a esperança leva.
Assim a vida segue, os oprimidos de todas as espécies e por razões
diferentes se unem e dão força, formando forte corrente que os mantêm em pé.
Agora existe outros gritos, os de revolta daqueles que não tão
oprimidos são, que se indignam com as injustiças mas que feito crianças
inseguras, julgando nada poder fazer, colocam-se a gritar a sua revolta. Dizem
que a culpa é deste ou daquele, não detêm o poder e que são apenas um entre
tantos.
Que boa desculpa arrumam, cômoda esta posição, será que não percebem
que cada um é responsável pelo mundo a sua volta. Será que não sabem que para mudar as coisas é
necessário atitudes. E que se nada têm de material, no entanto têm valores
muito mais preciosos.
Ora doem o seu tempo, levem uma palavra amiga, enxuguem algumas
lágrimas, ou então apenas escutem. No dia a dia, nós encontramos pessoas
necessitadas, não só os desprovidos de bens materiais, existem aqueles que
aparentemente tudo tem, mas que encontram-se em uma carência infinita
de afeto, atenção.
Distribua amor em seus atos, ouça a todos, não dê esmola humilhando, dê
com uma palavra amiga, com um sorriso, um incentivo e principalmente não
julgues.
Verás que com o passar do tempo estas pequenas ações farão do seu mundo
um mundo melhor e que seus atos espalharão sementes que se multiplicarão e que
finalmente tua consciência estará em paz.
Luconi
20-07-09